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Investigação aponta que Tatiana Medeiros fez chamadas para líder do Bonde dos 40 na prisão

De acordo com relatório da Polícia Federal, Tatiana utilizava, de forma clandestina, um iPhone 16 Pro Max e um tablet dentro do alojamento onde esteve reclusa

Redação
Por: Redação Fonte: 180 graus
05/06/2025 às 13h55
Investigação aponta que Tatiana Medeiros fez chamadas para líder do Bonde dos 40 na prisão

A Câmara Municipal de Teresina oficializou, nesta quarta-feira (04/06), a substituição da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), que estava afastada do cargo desde abril. Com o prazo de 60 dias esgotado, o suplente Leôndidas Júnior (também do PSB) assumiu a vaga. O afastamento ocorre enquanto Tatiana é investigada por suspeita de envolvimento com organização criminosa e por manter atividades políticas e pessoais mesmo durante a prisão.

De acordo com relatório da Polícia Federal, Tatiana utilizava, de forma clandestina, um iPhone 16 Pro Max e um tablet dentro do alojamento onde esteve reclusa, no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí. A análise do material, apreendido no dia 20 de maio, revelou que a parlamentar teria feito pelo menos três chamadas de vídeo com Alandilson Cardoso Passos, detido em Minas Gerais e apontado como líder da facção Bonde dos 40.

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Além dos contatos com o preso, a PF identificou mais de 1.500 mensagens trocadas com familiares, aliados políticos e advogados. O relatório também menciona compras online realizadas por Tatiana de dentro do QCG, incluindo a aquisição de um livro religioso e um pedido no valor de R$ 549,50 feito ao supermercado Pão de Açúcar, com entrega por meio de serviço voltado a reclusos.

Outro ponto curioso da investigação é uma pesquisa feita pela vereadora sobre passagens aéreas de Belo Horizonte (MG) para Teresina, datada de 27 de maio, sem retorno marcado. Embora não haja confirmação sobre o destino da passagem, a Polícia Federal monitora a possível ligação com Alandilson Passos, seu namorado, atualmente preso em Minas Gerais.

Tatiana foi alvo da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada em abril, e segue sendo investigada por suposto uso de recursos ilícitos — supostamente oriundos de facção criminosa — no financiamento de sua campanha de 2024. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar, autorizada pela Justiça Eleitoral.

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